sábado, 27 de setembro de 2008

Primeiro Podcast do ANDANDO NA CIDADE! Remember da Rua AUGUSTA!

Ae, galera, a semana da Rua Augusta já passou, mas agora é hora de PODCAST e vai ser sempre assim, uma semana após as postagens sobre o lugar da cidade, a gente vai postar um PODCAST, tah certo?

E nessa reportagem você ouvirá a opinião das pessoas sobre a Augusta

PERSONAGENS BIZARROS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Então, é isso, semana que vem a gente volta.

Abraço!

Aí segue o link do PODCAST



Augusta às antigas


Acho particularmente interessante viajar no "túnel do tempo" e me dar de cara com fotos antigas da cidade...

Posto aqui para compartilhar com vocês a sensação que se fez presente em mim ao ver a imagem da Augusta antes mesmo de Roberto.


by Evelise Jagmin

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Aquela música


Após a frustração de fazer a coisa acontecer in loco, lá vai tudo o que sei sobre essa puta rua (risos) que é a Augusta.

Nos anos 60, quando a galera descia a rua esmerilhando a 120 por hora. Aliás, essa música (Rua Augusta) não é do Tremendão (Erasmo Carlos), assim como eu e uma galera pensava. Pensava, pois as versões que ouvi estão na voz de Erasmo. Na verdade, é de um indivíduo chamado Ronnie Cord. Sim, além de compor a música o moçoilo a interpretava. Ele tem um outro sucesso estrondoso: “Biquini de Bolinha Amarelinha”.

O que vale ressaltar sobre a Augusta daquela década é a exata oposição à tudo o que a rua representa hoje: democracia e pluralidade. Esse papo de garota de programa mostrando os peitinhos e gente barbuda batendo um papo é coisa, digamos, recente.

A região da Augusta era freqüentada por pessoas que tinham muito dinheiro. A chamada “alta classe paulistana”. Para ser mais exato, a rua era o ponto de diversão dessa faixa da sociedade que morava em Higienópolis e ia pros lados do centro para “glamourizar” (esse termo existe?).

As maiores evidências dessa época de glamour estão, por exemplo, na localização do Hotel Ca´d´Oro. Pelo seu porte e “finesse”, não parece servir ao público de seu entorno. O hotel fica em uma região apagada da Augusta, depois do burburinho; em um pedaço esquecido da rua. Próximo as esquinas sem-graça, cinzas, sempre freqüentadas por garotas de programa e jovens cineastas que rodam seus curtas nas calçadas.

Parece colocado ali há anos e esquecido pelo movimento cultural que colou a agitação da rua quase à Avenida Paulista.

Hoje, glamour não é o forte da rua, mas energia e astral levemente pecaminoso. Explico: eu, pelo menos, tenho, não sei por quê, uma sensação danada de que estou fazendo algo errado quando estou na Augusta. Talvez eu seja pudico demais.

Achei um documentário sensacional sobre a Rua Augusta. Lá você perceberá como a rua é simpática e plural. Talvez eu não tenha encontrado essa simpatia toda por ter ido lá muito “cedo”: duas da tarde (risos). A galera que circula por lá a noite é muito mais “bem-humorada”, entende?

Eduardo Neco

Eu queria fazer uma matéria...

Oi, eu sou estudante de jornalismo e estou fazendo uma matéria sobre a Augusta... "Ah, o senhor fala com o gerente, por favor..brigado, viu..." Olá, tudo bem? Eu estou fazendo uma matéria sobre a rua e queria saber há quanto você trabalha aqui; quais foram as mudanças na região; o que você acha da rua... “Óia, o patrão proibiu a gente de falar com repórti, cê me desculpa”.

Do número 215 da Augusta, próximo ao cruzamento da Caio Prado, até onde minhas pernas e perseverança agüentaram, essa foi a reposta que obtive quando tentava angariar sonoras para um modesto podcast idealizado por mim e pelas meninas (Jéssica e Evelise). Quando alguma alma caridosa aceita dar um testemunho, ao sacar o gravador do bolso, as caras se fechavam e o Exú Carranca, aquele que atormenta a vida dos pobres jornalistas, voltava a rodar a baiana no terreiro.

Antes de começarmos com este blog, debatemos como iríamos apurar as matérias aqui postadas. Fiz um discurso todo florido de um jornalismo pró-ativo e ofensivo, que vai às ruas e bate de frente, sem preguiça, com as pernas doloridas, mas de lide rico e vistoso. As meninas me olharam com uma cara de “o que é isso, Dú?”. Logo depois argumentaram que era só um blog, para eu levar menos à sério e relaxar (no sentido de curtir) na escrita e na apuração. Em generosas palavras, elas tentaram me dizer o seguinte: salve suas energias!

Na hora fiquei um pouco chateado e sentindo-me sozinho nesta “batalha épica” que eu mesmo criei sobre o jornalismo...Hoje, percebi o quanto os pares dos pezinhos das meninas estavam cravadinhos no chão, bem tranqüilos e descansados. Diante dessas e de outras, quase chego a acreditar que, às vezes, as mulheres tem toda razão. (Obrigado, meninas!)

Todavia não desisto. Apesar de essa semana já não ser mais minha (a Jéssica publicará suas reportagens), prometo que arrancarei um bom depoimento sobre a Rua Augusta, nem que seja daquelas simpáticas meninas que “florescem” em suas calçadas quando a noite começa a chegar. Afinal, elas não têm patrão que as impeça de falar o que pensam.

Eduardo Neco, percebe?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Augusta, mostra a sua cara!?



Cada morador da cidade de São Paulo tem uma opinião sobre a famosa, famigerada, agitada, controversa, polêmica, chique (já chega, né?) Rua Augusta. Essa pluralidade quase cansativa de opiniões sobre este pedaço da cidade, que começa nos jardins e termina na confusão do centro, é resultado do próprio meio. A diversidade de pessoas dá o tom ao lugar.

Todo o tipo de indivíduo se esbalda na Augusta. Desde o cinéfilo que acalma suas necessidades nas poltronas de seus cinemas, até o sujeito que busca algum acalanto sexual na deselegância nada discreta de suas meninas (entende?) e de alguns meninos, por que não?

O fato é que a Augusta é como uma zona de guerra. Não no sentido bélico da coisa, mas no conflito gerado pela presença de diferentes filosofias de vida no mesmo lugar. Além do que, a rua funciona como um microscópio da cultura adolescente brasileira. Há dez anos, quem batia pernas pelos lados da galeria Ouro Fino, por exemplo, se deparava com os clubers (lembra deles?). Hoje, os “indies”, “vintages” etc, dominam este pedaço pomposo da rua.

Varando a Paulista em direção ao “Dark Side of the Augusta”, você encontra emos, gays, lésbicas, garotas (os) de programas, motoqueiros, casais (de todos os gêneros), executivos à favor do boteco, estudantes e, com uma dose triste de azar, os Skinheads e os Punks.

Essas coisas que aqui relatei já são batidas, manjadas. Por essa razão, tentaremos mostrar na reportagem desta semana um lado da Augusta que não costuma aparecer. Que lado é esse? Nem mesmo nós sabemos e esperamos ao longo da semana descobrir.

Obs:Claro que para se ter uma idéia exata do que ocorre de fato na Rua Augusta é preciso percorre-la bem abaixo dos conhecidos 120km do rei Roberto Carlos...aliás, lanço desafio de alguém conseguir descer a Augusta a mais de 50km.


Por Eduardo Neco, manja?