segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Augusta, mostra a sua cara!?



Cada morador da cidade de São Paulo tem uma opinião sobre a famosa, famigerada, agitada, controversa, polêmica, chique (já chega, né?) Rua Augusta. Essa pluralidade quase cansativa de opiniões sobre este pedaço da cidade, que começa nos jardins e termina na confusão do centro, é resultado do próprio meio. A diversidade de pessoas dá o tom ao lugar.

Todo o tipo de indivíduo se esbalda na Augusta. Desde o cinéfilo que acalma suas necessidades nas poltronas de seus cinemas, até o sujeito que busca algum acalanto sexual na deselegância nada discreta de suas meninas (entende?) e de alguns meninos, por que não?

O fato é que a Augusta é como uma zona de guerra. Não no sentido bélico da coisa, mas no conflito gerado pela presença de diferentes filosofias de vida no mesmo lugar. Além do que, a rua funciona como um microscópio da cultura adolescente brasileira. Há dez anos, quem batia pernas pelos lados da galeria Ouro Fino, por exemplo, se deparava com os clubers (lembra deles?). Hoje, os “indies”, “vintages” etc, dominam este pedaço pomposo da rua.

Varando a Paulista em direção ao “Dark Side of the Augusta”, você encontra emos, gays, lésbicas, garotas (os) de programas, motoqueiros, casais (de todos os gêneros), executivos à favor do boteco, estudantes e, com uma dose triste de azar, os Skinheads e os Punks.

Essas coisas que aqui relatei já são batidas, manjadas. Por essa razão, tentaremos mostrar na reportagem desta semana um lado da Augusta que não costuma aparecer. Que lado é esse? Nem mesmo nós sabemos e esperamos ao longo da semana descobrir.

Obs:Claro que para se ter uma idéia exata do que ocorre de fato na Rua Augusta é preciso percorre-la bem abaixo dos conhecidos 120km do rei Roberto Carlos...aliás, lanço desafio de alguém conseguir descer a Augusta a mais de 50km.


Por Eduardo Neco, manja?

3 comentários:

Unknown disse...

Bem escrito como sempre!
Mto bom, meu bom...

abraços

Eduardo Neco disse...

A Augusta é como coração de mãe,mesmo ! Uma rua que não deixa de ser sinônimo de São Paulo. Democrática ao mesmo tempo que é gigantesca, com seu lado acolhedor claro.
O texto está muito bem escrito
O autor já tem um estilo próprio e isso não é comum. Parabéns !

traduzoteutexto disse...

Caraca velho!
Parabéns pelo texto, está muito bem escrito mesmo!
Gostei das contraposições deste ocal tão contraverso!